sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

SOCIEDADE OMISSA - Heitor Monteiro Lima

SOCIEDADE OMISSA

Escrito em 20/01/2002
Autor: Heitor Monteiro Lima
E-mail hmll@via-rs.net

Diz a lenda, que a avestruz, quando perseguido, enfia a cabeça num buraco deixando o resto do corpo exposto. Nossa Sociedade adota atitude idêntica quando se trata do controle da natalidade. Em defesa de sua posição, afirma que os dados do IBGE mostram que o crescimento populacional está declinando em nosso País.

Trata-se de grande falácia, pois aquele Instituto não faz pesquisas estratificadas por classe social. Foi essa a resposta recebida a um “e-mail” a eles enviado sobre este assunto. Os dois últimos Censos Nacionais mostram que nosso crescimento populacional não chega a três pontos percentuais. Na verdade, ocorre que esse crescimento populacional nas classes sociais menos favorecidas é ainda deveras assustador. A mídia ao divulgar catástrofes, tais como enchentes, secas ou outras tragédias, focaliza as famílias atingidas, sempre as mais pobres, que habitam barracos miseráveis e, na sua maioria, tendo mais de oito filhos.
A revista Veja, edição 1735, de 23/01/2002, em seu artigo “Miséria o grande desafio do Brasil”, menciona: – “Há 30 milhões de pessoas vivendo com extrema dificuldade, com renda mensal per capita inferior a 80 reais”.
Cabe perguntar à Sociedade, o que ela poderá fazer para que esses pobres excluídos possam ter esperança de uma vida futura com melhores perspectivas e qualidade. Terá ela (sociedade) capacidade de suportar mais tributos, suficiente para que o governo possa proporcionar saúde, educação, segurança e ainda direcionar recursos para investimentos que venham a gerar empregos para que essa massa de excluídos, tenha adequada condições de sobrevivência, crie sua prole e ainda usufrua uma razoável qualidade de vida?
Não havendo resposta, é de se esperar que a maioria desses desamparados e despreparados, sem acesso à educação e conseqüentemente sem outras perspectivas, encontre na criminalidade, no tráfico de drogas, nos roubos e nos assaltos, o seu meio de subsistência. E para se iniciarem nesse caminho basta à vontade e um canivete à mão.

Conviver com a criminalidade é parte do nosso dia a dia e somos coniventes com isso, pois conhecemos a causa e procedemos como o avestruz da lenda, sem coragem para atacar o problema na sua verdadeira raiz. Preferimos viver como animais cativos, isolados em nossas casas, cercados de grades ou tecnologia protetoras, declinando da convivência social e do ir e vir sem medo. Optamos por nosso estresse diário ante os assaltos, alguns fatais, os seqüestros relâmpagos e/ou alguma bala perdida.

Sérgio da Costa Franco (colunista), em seu excelente artigo na Zero Hora de 20/01/02, menciona: - ”Causa-nos alarme que nenhum partido político inclua em seu programa ou submeta ao debate público a questão do controle da natalidade”.

Porque o fariam, se foram eles mesmos que aprovaram o voto do analfabeto, para manobrar essa massa de desinformados, com as suas tiradas demagógicas, em busca de sucessos eleitorais? Em suas pregações investem contra a má distribuição de renda no País, esquecendo-se - ou omitindo - que ela é o resultado da equação cujo numerador é a renda nacional e o denominador a sua população, ou seja: a renda total dividida pelo número de habitantes. Ora, se a população cresce mais do que a renda é impossível melhorar a sua distribuição.

O governo, por sua vez, não tem demonstrado possuir vontade política firme para resolver essa situação. Resta à Sociedade “desenterrar a cabeça” e lutar por melhores condições de vida para os excluídos e para si própria. É extremamente urgente e necessário que se adote um projeto sério de planejamento familiar, com efetivo controle da natalidade por todos os meios disponíveis, com o apoio do governo, das ONGS e da população esclarecida. Urge evitar que as gerações futuras venham a se defrontar com uma situação catastrófica e irreversível.


quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

Jornalista Wanderley Soares/25/12/08


A banalização do crime tem levado pessoas e empresas a considerarem normal a ação da bandidagem e manifestam, apenas, indignação proporcional e passageira no entorno das perdas sofridas. Os bancos, é possível notar, quanto mais assaltos sofrem menos importância dão ao complexo de segurança nas agências menores. O cidadãos assaltados nas ruas chegam a sorrir pelo fato de terem passado pela experiência e continuarem vivos. Essa cultura é absolutamente nociva para a sociedade e me lembra a idéia de pessoas que pensam que as pulgas fazem parte do cachorro. O cidadão deve manter seu inconformismo, cuidando-se, é verdade, mas exigindo nada menos do o máximo do poder público.
Publicado no Jornal O Sul de 25/12/08

sábado, 20 de dezembro de 2008

Votos de Boas Festas


Cortar o tempo

Quem teve a idéia de cortar o tempo em fatias,a que se deu o nome de ano,foi um indivíduo genial.

Industrializou a esperança, fazendo-a funcionar no limite da exaustão.

Doze meses dão para qualquer ser humano se cansar e entregar os pontos.

Aí entra o milagre da renovação e tudo começa outra vez, com outro número e outra vontade de acreditar que daqui pra diante vai ser diferente
Carlos Drummond de Andrade

Votos de Boas Festas
CorinaBreton
Presidente do ICV

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Maioridade penal

Na condição de presidente do ICV, participei de um debate sobre maioridade penal, na Rádio Guaiba, mediado pelo Jorn. Jurandir Soares. Compuseram a mesa, o ex- presidente do Tribunal de Justiça, o Promotor da Infância e da Adolescência e o Secretário de Estado sr. Fernando Schüller.

França estuda adotar a idade penal de 12 anos Um relatório realizado por um comitê de especialistas, entregue nesta quarta-feira à ministra francesa da Justiça, Rachida Dati, defende a aplicação de penas de prisão a partir dos 12 anos de idade na França para adolescentes que cometerem crimes. O governo francês quer reforçar a lei sobre menores infratores e solicitou a uma comissão composta por 32 membros, entre juízes, policiais, advogados, políticos e educadores, que refletissem sobre a reforma da legislação atual, que data de 1945 e privilegia medidas sócio-educativas em vez de sanções penais. "A prisão a partir dos 12 anos de idade corresponde a uma medida de bom senso. Um menor precisa de autoridade. Isso representaria uma inovação importante para o direito francês e deve ser examinado minuciosamente", afirmou a ministra após receber o documento. "A lei atual, da época do pós-guerra, não está mais adaptada à realidade social dos dias de hoje", afirmou Rachida Dati, que disse que existem 200 mil menores delinqüentes na França. Atualmente, cabe a cada juiz, segundo critérios subjetivos de avaliação, decidir se um menor pode ser penalmente responsável, ou seja, possa ser declarado culpado por um delito. Mas a legislação francesa já permite a aplicação de penas, inclusive de prisão, a partir dos 13 anos de idade.

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Artigo publicado em Brasil sem Grades

Artigos
Alvos Jovens
Eles cresceram assistindo a cenas de violência pela TV. Quando começaram a freqüentar suas primeiras festas, ouviam falar do que tinha acontecido com o amigo de um colega. Hoje, a maioria já tem a própria história para contar. Acossados pelo medo, adolescentes e jovens de classes média e alta viraram reféns de seus próprios comportamentos.Oque assusta nem é mais o risco de ser vítima de um ataque: é a banalidade que pode transformá-lo em morte. O tênis de que mais gostam, o celular da última moda, os lugares que freqüentam. Qualquer um deles serve de pretexto para um crime, como alertam as mortes de Igor Santos Carneiro, 18 anos, atingido por bala perdida na saída de uma festa com bebida liberada, e de Rafael Ferreira da Rosa, da mesma idade, assassinado por um bando que roubou seu skate.Durante um bate-papo sobre o tema promovido por Zero Hora e Kzuka com estudantes do Ensino Médio do Colégio La Salle Santo Antônio, na Capital, foi difícil encontrar algum que não tivesse experiência traumática para contar. Mesmo tendo 17 anos, a aluna Liz Boschi, do 3º ano, estava na festa em que Igor foi morto. Ouviu três tiros. Lembra da correria, da gritaria. Do pânico. Desde então, tem medo de sair. Uma semana depois, durante um passeio de dia, viu um jovem apontando um objeto para a própria cabeça. Ficou tão apavorada que quase chorou, imaginando se tratar de uma arma. O rapaz só estava ouvindo um MP3.– Parece que pode acontecer qualquer coisa, em qualquer lugar. Antes, a violência parecia uma coisa longe, que nunca ia acontecer com a gente. Em festas com bebida liberada não vou mais – decidiu.Entre seus colegas, quase todos já foram assaltados. Não é coincidência. Ávidos por novidades tecnológicas, como celulares, iPods e máquinas digitais, os adolescentes se tornam alvos cada vez mais cobiçados pelos criminosos, analisa o responsável pela Delegacia para a Criança e o Adolescente Vítimas de Porto Alegre, Anderson Spier. Além de carregarem objetos de valor, são vítimas mais fáceis.Embora lamentem as perdas materiais, o que mais incomoda os adolescentes é a perda de um porto seguro.– Hoje não tem mais lugar onde isso não acontece. Nem em shopping dá pra ir mais, tem um monte de bonde (arrastões de gangues) – protesta Paula Pessini, 16 anos, do 3º ano.Na conversa, os estudantes oscilam entre a consciência do perigo e a revolta contra a limitação de movimentos.Para a psiquiatra Olga Falceto, professora do departamento de psiquiatria da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, esse é um dos dilemas que os pais precisam enfrentar.– Está todo mundo desorientado. O jovem quer espaço, e os pais ainda estão querendo passar ordens, como se os filhos fossem crianças. Isso não funciona, tem de buscar o diálogo. Não adianta entrar em pânico – adverte.Se os jovens não vão deixar de usar roupas de marca, uma conversa em casa pode ajudar a estabelecer onde e quando exibi-las, orienta a psicóloga Paula Hintz Baginski, especialista em infância, adolescência e famílias:– Não adianta proibir. É possível pensar regras conjuntas e chegar a um meio termo, negociando.Mesmo adorando roupas de marca, o estudante Artur Figueiró, 16 anos, deixou de usá-las todos os dias. Aos 12 anos, lembra ter sido perseguido por assaltantes em um passeio ao zoológico. Para ele, a prevenção é opção. No caso de Malú Ferreira da Rosa, 16 anos, irmã de Rafael, é uma condição. Traumatizada pela morte do irmão a duas quadras de casa, hoje só sai para ir à escola. Deixou de sair até para as aulas de inglês. Duas vezes por semana, o professor é que vai à sua casa.– Sinto falta de sair com meus amigos, mas tenho medo. A gente tem de ficar trancado em casa, enquanto os bandidos estão na rua – desabafa.Mas quem são esses criminosos? Boa parte dos que praticam violência contra jovens também são jovens, lembra o psicólogo Saul Dias. Quem mata por um tênis responde ao sonho de consumo de uma sociedade que ensina que quem usa uma roupa de grife vale mais. E isso precisa ser tratado.– Um problema central dessa violência toda é a ausência dos pais em casa. As famílias não almoçam mais juntas, os vínculos estão se perdendo. Quem são os modelos desses jovens violentos? – questiona Dias.Fonte: Zero Hora (23/11/08)

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Assembléia Geral Ordinária

´
O Instituto CHEGA! de Violência reúne-se , hoje, em Assembléia Geral Ordinária, conforme convocação, veiculada, em 16 e 17 de novembro, nos termos determinados em seu estatuto, com a seguinte ordem do dia:

1) Julgamento do parecer do Conselho Fiscal sobre as contas do último exercício, emitido em março de 2008. (artº14 do estatuto);
3) Eleição da Diretoria para o biênio 2009/2010.


CHAPA ÚNICA

DIRETORIA

Presidente: Corina Breton
Vice-Presidente Administrativa: Helena Ibañez
Vice-Presidente Tesoureira: Liane Xavier
Diretor Tesoureiro Adjunto: Nilton Lerrer
Diretor Secretário Geral: José Carlos Reginaldo
Diretora Secretária Adjunta: Sirlei Feijó


CONSELHO DELILBERATIVO

Titulares
Cláudio Xavier
Osvaldo Gorski
Maria Lúcia Abiz

Suplentes
Maria Xavier
Gilson Santos
Gina Eichenberg

CONSELHO FISCAL

Titulares
Carla Viekro
Nélcia Machado Pinto
Maria de Lourdes Crespo

CONSELHO DE POLÍTICAS ESTRATÉGICAS
Titulares
Denise Issler
Lisette Camargo
Tarsila Cruisius

Suplentes
Elizabeth Torresini
Sonia Sebenelo
Marilene Marodin



domingo, 16 de novembro de 2008

Assembléia Geral Ordinária




C O N V O C A Ç Ã O



O Instituto Chega de Violência (ICV), nos termos do artº 10, inciso IV, de seu estatuto social, convoca associados, membros, parceiros e colaboradores para comparecerem à Assembléia Geral Ordinária a ser realizada no dia 25 de novembro de 2008, às 18h, em primeira chamada e, em segunda, às 18h30min, na Av. Alberto Bins, 514 - sala Nogueira do Hotel Plaza São Rafael –para deliberar sobre a seguinte ordem do dia:
- Eleição da Diretoria para o exercício de 2009/210
- Julgamento do parecer do Conselho Fiscal sobre as contas do exercício findo. (artº14 do estatuto).

Cláudio Xavier
Presidente do Conselho Deliberativo



Av. Alberto Bins, 514 sala Nogueira
Telefones (51) 3228-9816 (51) 9999-0640
http://www.chegadeviolencia.com.br/
chegadeviolencia@hotmail.com

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

contatos do ICV

Esta é a reproduçãodo contato que fiz com Themis Krumenauer, mãe do melhor amigo de Rafael, barbaramente assassinado, háuma semana durante a guerra civil em que vivemos:

Corina, Muito obrigado pelas palavras de carinho e com certeza irei na reunião 3ªfeira,só preciso saber o horário.A mãe do Rafael,por enquanto,não está em condições de participar mas vou repassar o convite para a dinda do Rafael.Mas podes contar comigo.Vamos transfornar nossa dor em algo produtivo. Um abraço,
Themis.
Também inicio a leitura de ZH pela coluna de Paulo Santana. E hoje teu grito soou como eco do meu grito, da minha indignação, e do medo que sinto ao saber minhas filhas e netos, herdeiros desse mundo cruel que lhes deixaremos.
E foram esses mesmos sentimentos que nos levaram, a mim e outros dois colegas - somos advogados- a criar, o movimento CHEGA! que acabou se institucionalizando.O foco primeiro de nosso movimento foi o de exigir, do poder público, a prestação da segurança a que os cidadãos têm direito. Fazemos isso, através de caminhadas, protestos, debates, palestras, envolvendo Brigada Militar, Polícia Civil, Governadora do Estado, Prefeitura, etc. Trabalhamos , além disso, na prevenção. E é na condição de presidente do Instituto CHEGA! de Violência que me dirijo a ti, ainda comovida com teu brado, que li como se o estivesse escutando, para pedir que te juntes a nós do CHEGA!, pois disseste muito bem: "está na hora de pararmos para ver o que está acontecendo." Vou adiante, sabemos o que acontece, a sociedade está doente, muito doente e é urgente fazermos alguma coisa. Já fiz contato com a mãe de Igor, e com outras mães que estão tentando aliviar um pouquinho a dor, aplicando-a em algo produtivo para outras mães.
O ICV tem sua sede no Hotel Plaza São Rafael/ sala Nogueira.
Themis, minha cara, só a força da sociedade civil organizada poderá mudar essa verdadeira guerra que enfrentamos. A população se esconde atrás de grades e os bandidos andam livres e soltos. Precisamos exigir dos parlamentares, mudanças, urgentes na legislação, municipalizando a segurança. Construam-se presídios em cada município. Afinal, o estado é uma entidade ilusória e os fatos se dão nos municípios, concordas comigo?
Seria possível convidares a mãe do melhor amigo de teu filho e vocês duas e tantas mais pessoas a participarem de uma reunião na sede do ICV, 3ª f próxima a fim de conhecerem o nosso trabalho?
Esperando um contato
Corina Breton
(51) 3222-7184
(51) 9999-0640
Abaixo, informo nossos endereços e telefones
www.chegadeviolencia.com.br
http://institutochegablogspot.com
Meu afeto num abraço comovido.



quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Jornalista Wanderley Soares


WANDERLEY SOARES

A política das boas intenções.

A complexidade das questões da segurança pública exige projetos que tenham a velocidade e a precisão das balas da bandidagem.

Embora a segurança pública esteja, há pelo menos 20 anos, no topo das discussões dos Três Poderes e de todos os segmentos da sociedade, inclusive os religiosos, não existe um só projeto, quer do Legislativo, quer do Executivo (o Judiciário não age ex-fficio), que tenha total abrangência sobre o espectro da violência e da criminalidade e, nisso, se incluiu o Pronasci (Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania). Este programa merece todo o respeito, independente de algumas tintas políticas-eleitoreiras, como uma carta de boas intenções que me faz lembrar uma salada mista, que tem um pouco de tudo e quase nada do que melhor poderia ter.

Permito-me citar, hoje, apenas uma parte do texto de abertura e apresentação do Pronasci: “Valorização dos profissionais da segurança pública.” Tal item, além de ser de uma obviedade acaciana, não encontra, há muitos anos, amparo nas políticas da segurança dos governos estaduais, que não dão mostras de sofrer, com a urgência necessária, qualquer alteração importante. As organizações policiais do RS, que se apresentam como as de mais alto nível profissional do país – não sei bem como isso é dimensionado – também se destacam pelos mais baixos salários. Além disso, os efetivos estão em constante queda e os períodos de treinamento de novos policiais estão reduzidos a um mínimo de horas/aula. Ainda não entendi a receita do Pronasci, tirante as boas intenções, para valorizar os profissionais da segurança pública.


sábado, 8 de novembro de 2008

Reunião Ordinária 5/11/08

ATA Nº 7/08
REUNIÃO ORDINÁRIA
Data: 5 de novembro de 2008.
Hora: 15h30min
Local: Sala Nogueira do Hotel Plaza São Rafael.Presentes: Corina Breton (Presidente), Liane Xavier(Vice-presidente), Maria Lúcia Abiz,Maria de Lourdes Crespo,Nélcia M. Pinto, Angela Duarte, Maristela Obella, Maria Isabel Fonseca Santos, Nilton Starosta Lerrer. Justificou a ausência, Sirlei Feijó. Lista de presenças, integra a ata. Lida a ata da Assembléia Geral Extraordinária do dia 8 de outubro de 2008, foi aprovada por unanimidade.
Assuntos constantes da pauta:
1 – Registro da marca CHEGA!
A Dra. Nélcia Pinto comprometeu-se a fazer pesquisa de mercado e apresentar orçamentos.
2– Providência sobre o documento em que o Chefe da Casa Militar do Palácio Piratini declara ter sido entregues os coletes oferecidos à Brigada e à Polícia Civil. O Capitão Alberto, por telefone prometeu para sexta feira, dito documento.
3 - Parceria com o movimento FICAR.
Convidada pela presidente do ICV, para participar da reunião, Maria Isabel F.Santos – mãe de Igor Carneiro- vítima da violência durante uma festa de jovens, no local explorado pela Associação dos funcionários do Inter, explanou seu plano de fundar o Instituto FICAR, que deverá atuar nos locais em que jovens se reúnem para se divertir, verificando as condições de funcionamento, com o objetivo de evitar tragédias como a que atingiu sua família. Informou que a Associação dos funcionários do Inter recebeu os jovens, no dia do crime, superlotando o salão e oferecendo bebida livre, sem nenhuma fiscalização, sem alvará da Secretaria da Saúde, sem vistoria dos Bombeiros, etc. A presidente do ICV propôs seja feita parceria com a organização FICAR, comprometendo-se a colaborar com a nova organização, participando dos eventos a serem realizados, trocando experiências, ajudando em tudo o que seja possível. Não havendo nada mais a tratar, lavrei a presente ata, que assino.
Corina Breton

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Sobre a Segurança Pública


WANDERLEY SOARES

Meia-colher na segurança pública

Uma discussão nacional em busca de soluções que contemple todos os estados e municípios ainda não começou.

A segurança pública do país não carece de um restauro, pois não é possível restaurar um prédio cujas colunas mestras apresentam rachaduras com progressão irreversível. Diante disso, o que tem sido feito nas últimas décadas são reformas confiadas a pedreiros da categoria meia-colher, cujas tapeações até podem durar alguns anos. Isso resulta em desabamentos cíclicos que, quando ocorrem, lá são chamados profissionais daquela mesma categoria, pois são mais baratos e dão menos incomodação. De meia- colher em meia-colher, a segurança pública faliu. Esta falência – vou continuar ferindo esta tecla – é reconhecida, de forma explícita, sem escorregadelas, pelo titular da Senasp (Secretaria Nacional de Segurança Pública), órgão do Ministério da Justiça, professor Ricardo Brisolla Balestreri. Dentro desta moldura, a expectativa da sociedade que, em geral, não percebe a ação dos pedreiros de meia-colher, é de que haja uma preocupação dos governos estaduais, através de seus executivos, no sentido de encontrar um caminho que tenha seu cerne nas decisões do governo federal com repercussão proporcional, permanente, em todos os estados e municípios. Não é isso o que ocorre.

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Carta da mãe Igor

"Não dá mais p'ra suportar, explode coração"
Leiam,por favor este depoimento e juntem-se a nós.
Corina Breton


CARTA DA MÃE DO IGOR
Estou aqui me dirigindo a Governadora do Estado, poderia também me dirigir
ao Prefeito ou ao Presidente.
Teriam tb deputados ou vereadores.
Tantas pessoas...mas nenhuma destas seria capaz de aplacar a minha dor.
- Então resolvi escrever pra Deus.
Só Ele pode me aliviar esse aperto no peito,
Só Ele pode me segurar neste abismo,
Só Ele pode me acordar deste pesadelo.
Vi o terror no rosto que chamou a minha presença no HPS.
Vi o fim de um caminho no rosto da enfermeira que me deu a notícia.
Vi o desespero dos meus, dividindo o dia mais triste da minha existência.
Senti no abraço dos amigos, a quase Inutilidade do conforto.
Senti que a voz não era capaz de acompanhar o grito da alma.
Senti que as lágrimas seriam eternas.
Meu filho, meu amado filho, meu eterno filho,
Aquele que eu gerei, que eu alimentei, que cuidei na febre, que acalmei no meio da noite, que
acompanhei no dentista, que vi receber diplomas, que aplaudi nas lutas de judô, que vi aprender
música, solar o violão, cantar Plácido, Pavarotti ou Jota Quest.
Aquele que cada dia que passava, conquistava mais amigos...que entendia melhor o valor da
família, que acreditava na caridade e na psicanálise, enfim...meu filho!
Este filho foi atingido por uma bala perdida! E deixa para sempre uma mãe perdida...
Perdida das ilusões, perdida nas esperanças, perdida na saudade.
De tudo isso só vejo um caminho.
O caminho que busca evitar que outras balas perdidas deixem outras mães perdidas.
O caminho da prevenção. Onde não seja mais permitido festas onde jovens percam
suas vidas.
Queremos nossos filhos vivos. Parece tão simples.., mas para mim não foi.
Aqui se inicia a caminhada da FlCAR Fundação IGOR CARNEIRO.
O IGOR NÃO PODE FICAR, MAS SEU FILHO PODE!
Simplesmente peço o apoio que estIver disponível, na busca de mais segurança para os jovens
quando buscam somente se divertir.
Minha maior esperança, é que a vida do Igor não tenha sido arrancada de nós, em vão.
Que não aconteça mais um vazio, um enorme vácuo entre uma morte e outra.
Podemos preencher este vazio com ações pró jovem.
FICAR FELIZ!
FICAR JUNTO!
FICAR VIVO!
APELO DA MÃE DO IGOR
ISABEL
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sábado, 1 de novembro de 2008

Carta de 1 Menina de 16 Anos p/oSBT(uma vergonha p/ Gugu)!!! A LAVADA DO SBT POR UMA MENINA LEIA ESSA CARTA DE UMA MENINA DE 16 ANOS QUE MANDOU PARA O SBT.O que nos chama a atenção é a idade da garota que escreveu veja ao final da carta)! Aos responsáveis pelo programa Domingo Legal: Não posso deixar de demonstrar o meu profundo descontentamento perante a Programação exibida aos domingos. A tentativa de libertar o marido da cantora Simony é vergonhosa.Engraçado como a mídia se mobiliza para libertar um assaltante de bancos, mas ninguém vem aqui em casa para nos comprar um carro novo, já que o nosso foi roubado depois de ter sido comprado com muito suor e trabalho. Engraçado que o filho da Simony não pode crescer longe do pai, que já tem 2 criançaslargadas no mundo, mas a filha do amigo do meu pai pode ficar órfã aos 2 anos de idade, pois o pai dela foi assassinado ontem (num assalto)...Ninguém do SBT foi a casa dela perguntar se ela precisa de alguma coisa. O meu pai chegou a levar um tiro num assalto e já perdeu tanto dinheiro em outros assaltos que nem se lembra quanto, mas infelizmente ninguém se propôs a repor o o dinheiro roubado para tirá-lo do sufoco ou sequer apareceualguém para visitá-lo no hospital. Isso não dá ibope.. A revista Veja publicou uma matéria que deixou assustado qualquer cidadão de bem (menos o Sr. Gugu que anda com seguranças armados até os dentes e não depende de uma polícia despreparada que vive com um salário de miséria). De cada 100 criminosos, apenas 24 são presos, só 5 vão a julgamento e apenas 1 cumpre apena até o fim APENAS 1% DOS BANDIDOS FICAM PRESOS E VC AINDA QUER SOLTAR O QUE ESTÁ PRESO? Isso é realmente lamentável... O coitadinho só roubou um banco, merece ficar livre Por que o Sr. Augusto Liberato não mostra o fim daquele mendigo que ele ajudou com casa,dinheiro e trabalho...Depois de todo aquele estardalhaço que o Domingo Legal fez para ajudá-lo, não vi nenhuma mensão ao fato dele ter sido preso assaltando um posto de gasolina após perder tudo o que o Gugu deu... E o fim daquele pequeno Polegar, o Rafael....pobrezinho... Certamente, não sou a favor do programa penitenciário no Brasil Sou a favor dos presidiários estudarem e trabalharem para a sociedade em troca de redução da pena caso não tenham cometido crime hediondo, mas ser solto antes do tempo só porque a Simony engravidou é demais pra minha cabeça... Políticos não ficam presos e agora também artistas e parentes têm imunidade? Só no Brasil mesmo pra acontecer esse tipo de coisas. Concordo que a violência exacerbada que a está batendo à nossa porta é fruto do descaso do governo e da sociedade para com as crianças de alguns anos atrás que foram deixadas sem escola, creche crianças abandonadas à própria sorte, mas soltar os bandidos por essa justificativa não resolve. Por que o SBT não faz uma campanha para os políticos investirem mais em educação e creche ao invés de soltar presidiários parentes de celebridades? Ou mesmo colocar uma programação mais decente, que proporcione cultura, ao invés de mulher pelada? É um caso a se pensar... Vou parando por aqui, pois tenho um enterro para ir (já mencionei o amigo do meu pai que foi morto ontem). Deixo aqui a minha revolta perante uma televisão podre, que vende a ignorância, e proporciona festivais de absurdos como se a vida fosse uma simples brincadeira. Domingo Legal já está bloqueado aqui em casa e farei o possível para convencer as pessoas com um mínimo de inteligência a não mais assistirem a essa porcaria. E se a Simony ama tanto o marido dela que espere ele cumprir a pena e pagar o que deve para a sociedade ou será que o amor dela não é suficientemente grande para agüentar as adversidades? Priscila, 16 anos, São Paulo - SP

domingo, 19 de outubro de 2008

Luiz Fernando Veríssimo

E tudo mudou...O rouge virou blush O pó-de-arroz virou pó-compacto O brilho virou gloss O rímel virou máscara incolor A Lycra virou stretch Anabela virou plataforma O corpete virou porta-seios Que virou sutiã Que virou lib Que virou silicone A peruca virou aplique, interlace, megahair, alongamento A escova virou chapinha 'Problemas de moça' viraram TPM Confete virou MM A crise de nervos virou estresse A chita virou viscose. A purpurina virou gliter A brilhantina virou mousse Os halteres viraram bomba A ergométrica virou spinning A tanga virou fio dental E o fio dental virou anti-séptico bucal Ninguém mais vê... Ping-Pong virou Babaloo O a-la-carte virou self-service A tristeza, depressão O espaguete virou Miojo pronto A paquera virou pegação A gafieira virou dança de salão O que era praça virou shopping A areia virou ringue A caneta virou teclado O long play virou CD A fita de vídeo é DVD O CD já é MP3 É um filho onde éramos seis O álbum de fotos agora é mostrado por email O namoro agora é virtual A cantada virou torpedo E do 'não' não se tem medo O break virou street O samba, pagode O carnaval de rua virou Sapucaí O folclore brasileiro, halloween O piano agora é teclado, também O forró de sanfona ficou eletrônico Fortificante não é mais Biotônico Bicicleta virou Bis Polícia e ladrão virou counter strike Folhetins são novelas de TV Fauna e flora a desaparecer Lobato virou Paulo Coelho Caetano virou um chato Chico sumiu da FM e TV Baby se converteu RPM desapareceu Elis ressuscitou em Maria Rita? Gal virou fênix Raul e Renato, Cássia e Cazuza, Lennon e Elvis, Todos anjos Agora só tocam lira.... A AIDS virou gripe A bala antes encontrada agora é perdida A violência está coisa maldita! A maconha é calmante O professor é agora o facilitador As lições já não importam mais A guerra superou a paz E a sociedade ficou incapaz... ...De tudo. Luis Fernando Veríssimo

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Jornal NH de Novo Hamburgo 16/10/08

Coletes
Com a presença de secretários, de representantes da OAB/RS, da cúpula da BM e da PC e de parlamentares, a governadora foi elogiada por sua participação nas ações do Instituto Chega de Violência, desde o tempo em que era deputada federal. O fato foi lembrado pela presidente do Instituto, Corina Breton, que agradeceu o apoio de Yeda e citou frase do filósofo Jean Paul Sartre: "A violência, seja qual for a maneira como ela se manifesta, é sempre uma derrota." Os coletes doados ao Estado foram produzidos com moderna tecnologia e comprados com recursos arrecadados em concerto do pianista Miguel Proença - também presente na solenidade de entrega. Do total, três serão destinados para Lajeado e outros três, para Cacequi.
O secretário da Segurança Pública, Edson Goularte, manifestou gratidão pelo suporte do Instituto Chega de Violência e pelo esforço coletivo na busca da paz e da responsabilidade social. A ex-presidente do Instituto Helena Raya Ibanez também recordou a importante contribuição de Yeda à entidade antes de ter sido eleita governadora e pediu a todos envolvimento na causa do fim à violência

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Wanderley Soares O Sul


WANDERLEY SOARES
A missão mágica dos órgãos policiais.
As questões da violência e da criminalidade são tratadas em compartimentos estanques.
Um assassinato, a cada duas horas, foi registrado, durante o último fim de semana no Estado. Cada homicídio consumado é um caso de polícia, seja com autor conhecido ou não. Antes disso, a polícia ostensiva rarefeita e uma policia judiciária impossibilitada de acelerar processos que possam, pelo menos, assustar os autores de delitos, notadamente os profissionais do crime, têm parte mínima nesse flagelo social. De um lado, os órgãos da segurança pública não possuem efetivo nem instrumentos que possibilitem um enfrentamento ininterrupto, 24 horas por dia contra as estruturas do crime organizado e as ações contra essas fortalezas são, obrigatoriamente, eventuais. De outra banda, o governo mascara sua fragilidade para trabalhar na área da violência ao transferir para uma polícia mal paga e despovoada a missão mágica de controlar o comportamento não só dos chefões do crime como o das populações famintas, sem escola, sem moradia, sem saneamento, sem emprego e que estão cercadas pelas propostas, de vida ou morte, de traficantes de drogas, de armas, de criaturas humanas. O governo trata – quando trata – destas questões em compartimentos estanques, o que leva a um resultado, mais do que zero, atrapalhado.

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Reunião Ordinária

ATA Nº 6/08 REUNIÃO ORDINÁRIA

Data: 8 de outubro de 2008.
Hora: 17h.
Local: Sala Nogueira do Hotel Plaza São Rafael.
Ordem do dia:
Assessoria de Imprensa
Patrocínio.
Entrega de coletes.
Preparação para a Assembléia Geral Extraodinária a realizar-se na Sala Timbó do Plaza
Presentes: Corina Breton (Presidente), Liane Xavier (Vice-presidente)Nélcia Pinto (Secretária), Simiane Gil e sua colega da Infinito Assessoria, Maria Lúcia Abiz.
Decisões:
Lida pela Secretária Nélcia Pinto, foi aprovada, por unanimidade, a ata da reunião anterior.
A sra. Simiane Gil se propôs a realizar assessoria de imprensa para o evento de entrega dos coletes à BM e PC. Dispôs-se tentar conseguir patrocínio para confeção de camisetas, adesivos. Para tanto, a presidente prometeu fornecer-lhe o manual de Identidade Visual do Instituto.
Evento: Maria Lúcia Abiz informou ter feito contato com o psicólogo Edson Sá Borges, pedindo-lhe o projeto que pretende implementar na rede particular de ensino, para apresentá-lo nos Colégios Anchieta e Província de São Pedro.
Terminada a reunião, dirigiram-se todos os presentes para a AGE. Redigi a presente que assina, junto com a Presidente



Nélcia Pinto Corina Breton
Secretária Presidente

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Redação de estudante carioca


REDAÇÃO DE ESTUDANTE CARIOCA...


REDAÇÃO DE ESTUDANTE CARIOCA...
Imperdível para amantes da língua portuguesa, e claro também para Professores. Isso é o que eu chamo de jeito mágico de juntar palavras simples para formar belas frases. REDAÇÃO DE ESTUDANTE CARIOCA VENCE CONCURSO DA UNESCO COM 50.000 PARTICIPANTES Tema:'Como vencer a pobreza e a desigualdade'Por Clarice Zeitel Vianna SilvaUFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro - Rio de Janeiro - RJ 'PÁTRIA MADRASTA VIL'Onde já se viu tanto excesso de falta? Abundância de inexistência... Exagero de escassez... Contraditórios?? Então aí está! O novo nome do nosso país! Não pode haver sinônimo melhor para BRASIL. Porque o Brasil nada mais é do que o excesso de falta de caráter, a abundância de inexistência de solidariedade, o exagero de escassez de responsabilidade. O Brasil nada mais é do que uma combinação mal engendrada - e friamente sistematizada - de contradições. Há quem diga que 'dos filhos deste solo és mãe gentil.', mas eu digo que não é gentil e, muito menos, mãe. Pela definição que eu conheço de MÃE, o Brasil está mais para madrasta vil. A minha mãe não 'tapa o sol com a peneira'. Não me daria, por exemplo, um lugar na universidade sem ter-me dado uma bela formação básica.E mesmo há 200 anos atrás não me aboliria da escravidão se soubesse que me restaria a liberdade apenas para morrer de fome. Porque a minha mãe não iria querer me enganar, iludir. Ela me daria um verdadeiro Pacote que fosse efetivo na resolução do problema, e que contivesse educação + liberdade + igualdade. Ela sabe que de nada me adianta ter educação pela metade, ou tê-la aprisionada pela falta de oportunidade, pela falta de escolha, acorrentada pela minha voz-nada-ativa. A minha mãe sabe que eu só vou crescer se a minha educação gerar liberdade e esta, por fim, igualdade. Uma segue a outra... Sem nenhuma contradição! É disso que o Brasil precisa: mudanças estruturais, revolucionárias, que quebrem esse sistema-esquema social montado; mudanças que não sejam hipócritas, mudanças que transformem!A mudança que nada muda é só mais uma contradição. Os governantes (às vezes) dão uns peixinhos, mas não ensinam a pescar. E a educação libertadora entra aí. O povo está tão paralisado pela ignorância que não sabe a que tem direito. Não aprendeu o que é ser cidadão. Porém, ainda nos falta um fator fundamental para o alcance da igualdade: nossa participação efetiva; as mudanças dentro do corpo burocrático do Estado não modificam a estrutura. As classes média e alta - tão confortavelmente situadas na pirâmide social - terão que fazer mais do que reclamar (o que só serve mesmo para aliviar nossa culpa)... Mas estão elas preparadas para isso? Eu acredito profundamente que só uma revolução estrutural, feita de dentro pra fora e que não exclua nada nem ninguém de seus efeitos, possa acabar com a pobreza e desigualdade no Brasil. Afinal, de que serve um governo que não administra? De que serve uma mãe que não afaga? E, finalmente, de que serve um Homem que não se posiciona? Talvez o sentido de nossa própria existência esteja ligado, justamente, a um posicionamento perante o mundo como um todo. Sem egoísmo. Cada um por todos... Algumas perguntas, quando auto-indagadas, se tornam elucidativas. Pergunte-se: quero ser pobre no Brasil? Filho de uma mãe gentil ou de uma madrasta vil? Ser tratado como cidadão ou excluído? Como gente... Ou como bicho? Premiada pela UNESCO, Clarice Zeitel, de 26 anos, estudante que termina faculdade de direito da UFRJ em julho, concorreu com outros 50 mil estudantes universitários. Ela acaba de voltar de Paris, onde recebeu um prêmio da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) por uma redação sobre 'Como vencer a pobreza e a desigualdade'. A redação de Clarice intitulada `Pátria Madrasta Vil´ foi incluída num livro, com outros cem textos selecionados no concurso. A publicação está disponível no site da Biblioteca Virtual da Unesco.

Assembléia Geral Extraordinária

Conforme convocação, publicado no sitse www.chegadeviolencia.com.br , no dia 30/09, realiza-se, hoje, às 18h, em primeira chamada e 18h30min, em segunda, AGE, com a seguinte ordem do dia:
1 - adequação do estatuto à Lei nº1.127;
2 - alteração no n`umero de cargos na Diretoria
3 - Endereço da sede;
4 - Assuntos Gerais

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Entrega de abaixo-assinado

No dia 30 de setembro, a Presidente e a Vice, do ICV, foram recebidas pelo Prefeito Municpal em exercício, Sr Eliseu Santos. Acompanhadas pelo Dr. Marco Antônio Seadi, Secretário Municipal de Direitos Humanos e Segurança, fizeram a entrega de abaixo-assinado em que os moradores do Bairro Moinhos de Vento e arredores reclamam da pouca circulação da guarda municipal na região, cada vez mais violenta. Ouviram a promessa de providências imediatas.

terça-feira, 30 de setembro de 2008

Assembléia Geral Extraordinária



C O N V O C A Ç Ã O



Nos termos do artº 10º § 1º de seu estatuto, o Instituto CHEGA! de Violência - ICV - convoca os membros da Diretoria, dos Conselhos Deliberativo, Fiscal e de Políticas Estratégicas e associados para a Assembléia Geral Extraordinária, que se realizará no dia 8 de outubro de 2008 às 18h, em primeira chamada e, 18h30min em segunda, na sala Figueira, do Hotel Plaza São Rafael, situado na Av. Alberto Bins, nº 514, com a seguinte ordem do dia:
Alteração do Estatuto:
a) - Adequação à Lei nº 11.127, de 28.06.2005.
b) - Alteração no número de cargos de Diretoria
c) - Endereço da sede
d) - Assuntos Gerais
Porto Alegre, 30 de setembro de 2008

Cláudio Xavier
Presidente do Conselho Deliberativo

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

As criaças e a violência urbana


LETICIA WIERZCHOWSKI
A escalada da violência em Porto Alegre é uma coisa estarrecedora. É preciso sentar as crianças numa cadeira e ensiná-las a agir no caso do infeliz encontro com um assaltante. É preciso educá-las no mundo das possibilidades e, pior do que tudo, é preciso plantar nelas a semente do medo. Não fale, não chore, obedeça. É preciso dizer isso a crianças de seis, sete anos, porque elas andam nos bancos traseiros dos automóveis nessas ruas inseguras de Porto Alegre. E é tão triste, é uma afronta à infância – assim como o são os muros altos e as cercas elétricas que se multiplicam por todos os lados. Quando eu era menina, nada disso havia. Ninguém falava em violência urbana e, às vezes, cúmulo dos cúmulos, um par de calças ou um casaco sumia do varal lá de casa. Talvez por isso eu tenha guardado na memória um pequeno episódio. Certa vez, bateram à nossa porta duas menininhas; à minha mãe, que as recebeu, elas pediram para usar o banheiro. Naquele tempo, parecia natural receber crianças estranhas que estivessem apuradas para fazer xixi, e minha mãe levou-as até o lavabo (cujo uso, deturpado pelas funções do dia-a-dia, incluía o penteado diário dos cabelos das meninas da casa). Nesse banheiro, minha mãe guardava uma caixa com elásticos de cabelo e presilhas, e qual não foi nosso espanto ao descobrir, após a partida das duas garotas, que todo nosso manancial de presilhas havia sido surrupiado. Naquele dia, fui à escola de cabelos soltos, impressionada com a verdade do mundo. Nem imaginava que, trinta anos mais tarde, nessa mesma Porto Alegre, eu teria que confrontar meu próprio filho com verdades infinitamente mais duras.-->
As crianças e a violência urbana
Uma das minhas melhores amigas mora nos EUA. De visita, dia desses, ela me disse que tinha vontade de voltar pra cá e criar o filho no Brasil. Não vem por um único motivo: tem medo da violência. Minha cunhada e minha sobrinha adolescente foram assaltadas na porta de casa ainda ontem por três sujeitos armados. Minha amiga tem razão: se eu fosse embora daqui pro meu refúgio idílico, o Uruguai, a violência urbana seria o trampolim da minha partida. Nos dias de hoje, qual mãe não tem medo de sair de carro com as crianças no banco de trás? Há poucos anos, nos gabávamos de viver numa cidade calma e relativamente segura, mas a coisa mudou. Quando menina, eu sempre fui e voltei da escola a pé com as minhas irmãs, e não recordo qualquer sombra de apreensão na figura materna, quando ela se despedia das filhas no portão de casa.A escalada da violência em Porto Alegre é uma coisa estarrecedora. É preciso sentar as crianças numa cadeira e ensiná-las a agir no caso do infeliz encontro com um assaltante. É preciso educá-las no mundo das possibilidades e, pior do que tudo, é preciso plantar nelas a semente do medo. Não fale, não chore, obedeça. É preciso dizer isso a crianças de seis, sete anos, porque elas andam nos bancos traseiros dos automóveis nessas ruas inseguras de Porto Alegre. E é tão triste, é uma afronta à infância – assim como o são os muros altos e as cercas elétricas que se multiplicam por todos os lados. Quando eu era menina, nada disso havia. Ninguém falava em violência urbana e, às vezes, cúmulo dos cúmulos, um par de calças ou um casaco sumia do varal lá de casa. Talvez por isso eu tenha guardado na memória um pequeno episódio. Certa vez, bateram à nossa porta duas menininhas; à minha mãe, que as recebeu, elas pediram para usar o banheiro. Naquele tempo, parecia natural receber crianças estranhas que estivessem apuradas para fazer xixi, e minha mãe levou-as até o lavabo (cujo uso, deturpado pelas funções do dia-a-dia, incluía o penteado diário dos cabelos das meninas da casa). Nesse banheiro, minha mãe guardava uma caixa com elásticos de cabelo e presilhas, e qual não foi nosso espanto ao descobrir, após a partida das duas garotas, que todo nosso manancial de presilhas havia sido surrupiado. Naquele dia, fui à escola de cabelos soltos, impressionada com a verdade do mundo. Nem imaginava que, trinta anos mais tarde, nessa mesma Porto Alegre, eu teria que confrontar meu próprio filho com verdades infinitamente mais duras.

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Reunião Ordinária


ATA Nº 5/08

Aos dez dias do mês de setembro de 2008, em sua sede, na sala Nogueira, do Hotel Plaza São Rafael, reuniu-se a diretoria do Instituto CHEGA! de violência , em sua sessão ordinária, com a seguinte ordem do dia:
1- Leitura e aprovação da ata nº 4/08.
2- Assuntos Gerais.
Estiveram presentes, Dra. Sirlei Feijó, Jornalista Reginaldo, Dra. Maria de Lourdes Crespo, Dra. Nelsia Pinto.
O Jornalista Reginaldo, com atuação em rádios da região metropolitana, apresentado pela Dra. Sirlei Feijó – Defensora Pública do estado - realizou longa entrevista com a presidente do ICV, sobre histórico do movimento, suas realizações e seus objetivos. A Dra. Nelsia Pinto, encarregada de estudar o estatuto do CHEGA! no sentido de sua adequação à lei 11127/2005, explanou seu trabalho, sugerindo alterações a ampliarem as possibilidades da instituição.Ao final, foram tiradas fotografias do grupo e, não havendo mais nada a tratar, lavrei a ata, que vai assinada por mim, e integrada pela lista de presenças




Corina Breton

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Reunião ordinária do ICV


ATA Nº 3/08

Aos três dias do mês de setembro de 2008, em sua sede, na sala Nogueira, do Hotel Plaza São Rafael, reuniu-se a diretoria do Instituto CHEGA! de violência , com a seguinte ordem do dia: 1)-Leitura e aprovação da ata nº 2/08. 2)–Abaixo-assinado, nos termos que seguem:
Os moradores e as pessoas que transitam pelas ruas Álvaro Nunes Pereira, Travessa Carmem, Gen. Neto, Santo Inácio, Marquês do Herval, Marquês do Pombal, Câncio Gomes, Eng. Saldanha e as demais ruas do bairro Moinhos de Vento, além dos parques e praças, tais como, Praça Júlio de Castilhos, Maurício Cardoso, D. Luis Felipe de Nadal – Morro Ricaldone – entre outros, próprios do Município,com o apoio do INSTITUTO CHEGA! de VIOLÊNCIA e da ASSOCIAÇÃO DOS MORADORES E AMIGOS DO BAIRRO MOINHOS DE VENTO, assustados com o abandono a que estão relegados referidos espaços públicos, onde os assaltos à mão armada, os seqüestros-relâmpagos e toda a sorte de violência acontecem a qualquer hora do dia ou da noite, CLAMAM providências à Prefeitura Municipal, solicitando, reforço na circulação da Guarda Municipal, conforme prevê o Projeto Vizinhança Segura.

3)- Proposta de visita, ao Centro Espírita – CEAFAL – onde está sendo implementado o projeto NUTRIVIDA 4 – Registro da marca CHEGA! 5)- Coletes.
1)- Aprovada;
2)- Decidiu-se colher assinaturas e, juntando a documento anterior, levar ao sr. Prefeito, para as providências solicitadas;
3)-Visita foi marcada para dia 08/09/08, às 15h;
4)- Continua-se aguardando a autorização para a compra de coletes à prova de balas. Têm- se gestionado junto aos órgãos competentes, no sentido de agilizar a autorização referida.
Não havendo mais nada a tratar, lavrei a ata, que vai assinada por mim e pela vice-presidente.


Corina Breton Liane Xavier presidente vice-presidente

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Reuniões ordinárias no ICV



ATA Nº 2 /2008
Aos 27 dias do mês de agosto de 2008, em sua sede, na sala Nogueira do Hotel Plaza São Rafael, a diretoria e convidadas - sra. Marta e Nelsia Pinto - do Instituto CHEGA! de violência, reunida, tratou da seguinte ordem do dia: 1 – Leitura e aprovação da ata nº 1/08; 2 - entrega à sra. Vice-presidente tesoureira, do boleto de pagamento da hospedagem do site do ICV Hostgold; 3 - entrega do estatuto social à sra. Nelsia Pinto, para estudar sua adequação ao Código Civil vigente e outras alteraçãoes; proposta à referida senhora para que integre a chapa a ser constituída e submetida à Assembléia Geral a ser marcada para novembro próximo. no cargo de Secretária; assuntos gerais. Aprovados os itens votados, e nada mais havendo a tratar, encerrada a reunião, lavrei a ata, que vai assinada por mim e pela sra. Vice-presidente e integrada da lista de presenças.



Corina Breton Liane Xavier

Reuniões ordinárias do ICV



Às quartas-feiras, a diretoria do ICV se reúne, em sua sede, Sala Nogueira do Hotel Plaza São Rafael. Das últimas reuniões, são as atas, cujas cópias transcrevo:

ATA Nº 1
Aos vinte dias do mês de agosto de 2008, na sala Figueira, do Hotel Plaza São Rafael, gentilmente cedida por seu Diretor Presidente, Dr. Henrique Schmidt, reuniu-se a diretoria do Instituto CHEGA! de violência , com a seguinte ordem do dia: 1- Apresentação de um projeto, concebido pelo Psicólogo Edison Sá Borges, especialista em terapia pós- trauma, a ser implementado em escolas; 2 - apresentação do plano de criação de uma ONG, pelo sr. Vilson Severo, inspetor de polícia aposentado, com a finalidade de organizar a categoria, solicitando a parceria do ICV e convidando a presidente do ICV para diretora de sua ONG; 3 - apresentação, pela administradora de empresas, Márcia Silva, do projeto Nutrivida, de qualificação do empregado doméstico, já em andamento num Centro Espírita, que recebe crianças, solicitando parceria com o ICV; 4 - resposta à questionário, feito por Thais Feijó Pimentel, formanda do curso de Direito da UNISINOS, sobre a relação entre violência e saúde pública. Manifestaram-se a presidente e a vice, quanto à impossibilidade de fazer parceria com o projeto do sr. Vilson Severo, por não se enquadrar nos objetivos do Movimento. O Projeto NUTRIVIDA teve aprovado o apoio institucional e, no possível, financeiro. Para pôr em prática o projeto do Psicólogo, decidiu-se procurar escolas, que tenham interesse em palestras sobre prevenção da violência e organizar uma jornada sobre o assunto, convidando-se especialistas, no assunto, além de pessoas da imprensa. Não havendo mais nada a tratar, lavrei a ata, que vai assinada por mim e pela vice-presidente e integrada pela lista de presenças.

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Doação de coletes às polícias civil e militar


No dia 19 de junho, passado, Miguel Proença, realilzou um concerto no Teatro do Sesi, e ofereceu parte da renda ao ICV, destinada à compra de coletes à prova de balas, a serem doados às polícias civil e militar do Estado. Escolhida a empresa fabricante, entre outras, por apresentar melhores condições de preço, constatada a sua idoneidade, cumpriu-se à risca a burocracia exigida e o processo em que se solicita autorização ao Ministério da Defesa, está em Brasília, desde julho passado.
"Alague seu coração de esperanças mas não deixe que ele se afogue nelas."
Fernando Pessoa


terça-feira, 26 de agosto de 2008

Movimento Porto Alegre vive


O Instituto CHEGA! e a Associação dos moradores e amigos do Bairro Moinhos de Vento, reuniu-se ontem, na Associação Leopoldina Juvenil, com líderes de várias associações de bairros, para ouvir palestra do Major Aroldo Medina, que discorreu sobre as necessidades materiais e de pessoal das polícias militar e civil, culminando com o chamado à sociedade para ajudar, via recriação do Consepro - Conselhos Comunitários Pró-Segurança Pública - em Porto Alegre.Além do Major Aroldo Medina, lá estiveram colegas seus da Brigada, o Chefe de Polícia do Estado Dr. Pedro Rodrigues, o sub secretário da Segurança do Município, Kevin Krieger, ex-secretário municipal. Houve manifestações de representantes de associaçõescontra a idéia de, mais uma vez, a sociedade civil ser sobrecarregada, no vácuo da atuação do poder público. Ficou decidido compor um comitê, que se encarregará de operacionalizar a recriação do citado Consepro, nos moldes do que já existe em diversas cidades do interior.

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Abaixo-assinado


O ICV e a Associação dos moradores e amigos do Moinhos de Vento, apoia abaixo-assinado, com o teor seguinte:


ABAIXO-ASSINADO

Os moradores e as pessoas que transitam pelas ruas Álvaro Nunes Pereira, Travessa Carmem, Gen. Neto, Santo Inácio, Marquês do Herval, Marquês do Pombal, Câncio Gomes e Eng. Saldanha, com o apoio do INSTITUTO CHEGA! de VIOLÊNCIA e da ASSOCIAÇÃO DOS MORADORES E AMIGOS DO BAIRRO MOINHOS DE VENTO, assustados com o abandono a que estão relegadas as ruas referidas, clamam providências à Prefeitura Municipal, sugerindo o cercamento das escadas que circundam o Morro Ricaldone – reduto de assaltantes, traficantes de drogas, exibição de homossexuais – a causar toda a sorte de violência, naqueles espaços públicos – solicitando, também, o reforço da circulação da Guarda Municipal, conforme prevê o Projeto Vizinhança Segura.


ASSINATURA NOME TELEFONE

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Transcrito da Newsletter Brasil sem Grades


Falta planejamento familiar - por Hildeberto Aleluia
Num táxi, em Madri, às 18 horas, em busca de uma exposição sobre Elias Canetti, num engarrafamento brutal, a inevitável conversa com o motorista. Ele era jovem, 35 anos. Revoltado, destilava raiva contra o governo. Fazia quatro anos que estava casado. Faturava naquele táxi,de domingo a domingo, cerca de 4 mil euros por mês. Sua ira advinha, principalmente, do fato de não poder ter um filho.Porque? Pergunto eu. Sua voz sobe, se altera, alguns tons acima, ele desanca novamente o governo, sem piedade.A Espanha de PIB superior ao do Brasil, um quarto de nossa população e uma da dez maiores economias do mundo está em crise. E o motorista que me leva está revoltado com o salário de 12 mil reais, diz-me que não dá para viver e pior, arremata:- Não sei quando poderei ter um filho. Não sobra nada de meu faturamento mensal. Nem do salário de minha mulher. Ter um filho e criá-lo é muito caro. Meu dinheiro não dá!Fiquei a refletir sobre a consciência daquele homem nas etapas da vida. Refleti sobre a Previdência espanhola que necessita de reformas, pois apesar de rica não suporta os encargos. Refleti sobre as baixíssimas taxas de natalidade da sociedade espanhola. Aquilo me jogou de volta ao Brasil. Pelas razões do motorista ninguém deixa de ter um filho por aqui. Por razão nenhuma o brasileiro, pobre, deixa de ter filhos. Aqui nasce quase um Uruguai por ano (3 milhões de habitantes ), uma Argentina inteira a cada dez anos.Imagine os 190 milhões de brasileiros, tal qual uma pirâmide, empilhados. Uma pirâmide social. Nessa pirâmide, o primeiro terço, a parte de cima, onde estão localizadas a classes A e B, têm taxa de natalidade da Europa nórdica. Menos de um filho por casal. Justamente eles que podem educar, preparar o filho para a vida, um ser produtivo e dessa forma contribuir para a sociedade e para a nação, não desejam ter muitos filhos, no máximo um ou dois por casal. Neste pedaço da pirâmide, o Brasil tem vida de primeiro mundo. Nada lhes falta. Este é o Brasil, que produz, que recolhe impostos, gera riquezas e faz o PIB legal. Este é o Brasil que sustenta a Previdência Social, o SUS, e o Bolsa Família, para citar alguns dos benefícios. É nesse pedaço de Brasil que a carga tributária atinge a quase 40 por cento da renda do brasileiro.Quando você vai descendo a pirâmide, passando para as classes C, D, E, F... e por adiante, ou seja, do meio para baixo, a taxa de natalidade brasileira vai subindo. Na base, as taxas de natalidade são da China de Mao. Entre os mais pobres, quatro, cinco filhos por mulher, é a média. Lá embaixo já não se conta por casal. Não se conta porque a mãe pobre é solteira, tem filhos de pais diferentes, mora na favela, ou na periferia. O bebê é o arrimo da família. Quanto mais filhos, mais possibilidades de compensações através de ajudas que vem do Estado.O Estado brasileiro seja a nível federal, estadual ou municipal, é um grande incentivador das altas taxas de natalidade. Todas as políticas sociais dos governos são de estímulo a nascimentos. A legislação também. Através de assistências diversas o estímulo vem de todas as formas. Depois que nasce a criança, o Estado é incapaz de garantir uma vida decente. E o destino desse brasileiro está selado. A rua. Sem direito a escolas, saneamento, higiene, e uma vida decente, a criança acaba nas ruas e mais tarde nos abrigos ou nas prisões. Não se conhece a proporção entre as taxas de violência urbana e as de natalidade, mas conhecendo-se as origens dos infratores não dá para ignorar que o número de nascimentos nas classes menos favorecidas compromete a vida. E o desempenho do Estado.Há muitos anos o problema da favelização deixou de ser de migração. Passou a ser de taxa de natalidade. Quanto mais nascimentos, mais informalidade na economia. É curioso um país como o nosso, cheio de gente sem trabalho, necessitar importar mão de obra especializada. Importa porque não há educação na base social. Costuma-se dizer por aí que o Brasil não distribui renda. Trata-se de uma falácia. Não existe país no mundo com um programa de transferência de renda tão amplo quanto o Brasil, através da Previdência Social. Todos os brasileiros têm direito, e um grande número sem nunca ter contribuído e que nunca irá contribuir. A informalidade é inimiga da arrecadação oficial. E o ônus recai no trabalhador formal. Sobre este está a responsabilidade de sustentar o Estado que incentiva a natalidade e de sustentar, mal, os que nascem dessa irresponsabilidade.Durante muito tempo atribuiu-se à Igreja Católica por este absurdo da natalidade entre os mais pobres, a ausência de uma política de planejamento familiar ou de controle da natalidade. Junto, vinha o argumento, insano, de que era necessário nascer para ocupar o território. Hoje, a igreja já não influi nem no roteiro das novelas. O Cardeal ainda tem voz ativa junto ao dono do jornal. No coração do povão o cantor Belo cala mais fundo que qualquer mensagem paroquial. Ninguém está disposto a modelar a sua vida de acordo com o pensamento do padre. E a tese de gente para ocupação do território é tão falsa quanto aquela que aponta para a favela e diz que lá agora vive a classe média. É o Brasil do PT, do PSDB ou o de todos, o Brasil com esse perfil social jamais terá uma solução.Hildeberto Aleluia - é professor de jornalismo político da Faculdade da Cidade e empresário da área de Comunicação.

terça-feira, 19 de agosto de 2008

Evento no Plaza São Rafael





INSTITUTO CHEGA! DE VIOLÊNCIA
REUNIÃO
Dia: 20 de agosto de 2008

Hora:
16h
Local:
Hotel Plaza São Rafael - sala Figueira
End.:
Av. Alberto Bins, 514
Público alvo:
Diretoria e convidados
Assunto:
Apresentação do Projeto NUTRIVIDA, a ser
desenvolvido por Anayr Chitto, Carla Viero, Márcia Silva e Tália Iaronka.
Apoio e parceria:
ICV.

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Jornalista Wanderley Soares - O Sul 18/08/2008


O cerco
A morte dos PMs Leandro Murussi Prestes, 29 anos, e de Michele Muri Prestes, 24 anos, tem, no quadro da violência e da criminalidade em que todos nós somos personagens, pelo menos duas significações. Primeira, a realidade da missão policial, que muitas vezes é confundida com as séries de TV onde os defensores da lei resultam salvos e sorridentes; segunda, a confirmação de que estamos todos cercados, pois Leandro e Michele, mais do que brigadianos, eram irmãos de sangue. A morte de Leandro e Michele, num espaço de duas semanas, é um desenho do risco que correm todas as famílias deste nosso Rio Grande enquanto a segurança pública não for prioridade dos governantes e, quando escrevo governantes, refiro-me, sempre, aos Três Poderes, pois todos eles são responsáveis diretos pela vida de cada cidadão.

sábado, 16 de agosto de 2008

Sem abdicar do ato de educar- Denise Schwochow


Publicado na News letter de Brasil sem Grades/15 de agosto de 2008

Sem abdicar do ato de educar-por: Denise Alves Schwochow
Pais e professores se encontram perdidos. Preocupados com a nova realidade de violência na escola, pedem socorro, sentem-se impotentes. Não é raro culparem o ECA - Estatuto da Criança e do Adolescente, por esta situação. No entanto, o ECA é uma conquista em defesa dos direitos da criança e do adolescente, assegurando-lhes pleno desenvolvimento físico, moral, espiritual e social, em condições de liberdade e de dignidade, sem serem objeto de negligência, discriminação, violência, exploração, crueldade e opressão. Quem pode ser contra isso? O que ocorre então?Talvez por interpretações equivocadas, foi abortada dos regimentos escolares toda e qualquer medida disciplinar ou socioeducativa ou de qualquer outra denominação (não pretendo entrar na polêmica semântica). Ficou um vácuo entre a atuação preventiva na escola e a atuação de conselhos tutelares e Deca.O Estatuto considera criança a pessoa até 12 anos incompletos e adolescente aquela entre 12 e 18 anos. Portanto, um jovem de 13 anos poderá ser encaminhado à autoridade policial competente, mas não pode ser suspenso pela escola até o comparecimento de seus pais ou responsável legal.Tem algo errado nisso. Não queremos que educação se torne caso de polícia.Assisti a palestra em que uma delegada se dizia surpresa com o número de ocorrências policiais referentes a alunos que poderiam ter sido resolvidas na própria escola. De que forma? Espalha-se entre professores e funcionários a cultura de que nada é permitido fazer, que o Ministério Público "vem pra cima", e o aluno diz: "Posso fazer, não dá em nada".Sem querer retroceder ao tempo da educação pelo medo e ameaça, afirmo que não se pode deixar de enfrentar o reconhecimento de que caímos em outro extremo, o da falta de limites.A grande conquista é chegarmos ao equilíbrio com bom senso.Não queremos abdicar do ato de educar. Educar para a cidadania é preparar para conviver em sociedade, é estabelecer um código de conduta. E qualquer projeto educacional depende de uma família presente, de um professor entusiasmado, de uma equipe diretiva e pessoal de apoio engajados. Infelizmente, o número de alunos por sala, a necessidade de trabalhar em várias escolas, os baixos salários, a falta de pessoal de apoio não permitem que o professor conheça profundamente cada aluno.O aluno precisa sentir-se valorizado, o professor é um modelo, para muitos "alunos rebeldes" basta um gesto afetuoso, um elogio para quebrar barreiras. Uma aula bem planejada, com recursos criativos, pode e diminui em muito a indisciplina e a repetência.Mas, em casos em que não se venha tendo sucesso, é preciso estabelecer claramente os limites e para isso o vácuo regimental tem de ser objeto de ampla discussão por todos os envolvidos, sem medo de quebrar paradigmas.

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

Jornalista Wanderley Soares-O Sul


WANDERLEY SOARES

Gente fina não pode ser algemada.

As maiores cabeças do Direito Penal Brasileiro discutem as algemas que nunca foram vistas nos pulsos de prostitutas.

A discussão que envolve suas excelências do poder Judiciário e do Ministério da Justiça em torno dos critérios a serem adotados no uso de algemas tem sua nascente nas ações da Polícia Federal que culminaram na imobilização de pulsos delicados, perfumados, antes somente ornados por pulseiras artisticamente trabalhadas em ouro e relógios de ponta da linha Rolex. Quando os agentes da Polícia Federal se limitavam a apreender uma que outra garrafinha de uísque e a aparecer com seu terninhos e óculos escuros em cerimônias dos donos da República, nada se falava sobre algemas, embora elas estivessem sendo usadas pelas policias estaduais até mesmo em prostitutas que eram arrastadas pelas ruas até o depósito de gente mais próximo. Agora, algemar ou não algemar passou a ser um debate que movimenta as maiores cabeças do campo do Direito Penal do país e, arrisco dizer, que a maioria dessas cabeças, tanto do poder Judiciário como do Ministério da Justiça, sequer tem idéia de como se abre ou se fecha esses grilhões. O centro, indisfarçável do debate está no risco de juizes, banqueiros, senadores, prelados e outros exemplares deste nível possam vir, como um cidadão comum, a ser flagrados com a mão na botija. Sigam-me.

Gente fina A escorregadia determinação do Ministério da Justiça é para que a Policia Federal use as algemas somente em casos de possibilidade de fuga ou resistência à prisão. Tradução minha: um negrão preso, em atitude suspeita, na Vila Umbu, em Alvorada, deve ser algemado, mas um banqueiro vindo de um paraíso fiscal, acusado de furtar bilhões de reais, deve ser mantido com as mãos livres. Permito-me ainda dizer que as excelências que discutem as algemas não falam sobre o que é algemar com as mãos nas costas; o que é algemar com as mãos na frente; não conhecem as algemas de polegar e não têm idéia da possibilidade de suicídio do indivíduo não algemado entre outras dezenas de circunstâncias. A discussão de suas excelências se resume apenas numa premissa: gente fina não pode ser algemada.

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Entrevista com Andreas Schleicher/ Revista Veja

Veja: Os brasileiros apareceram, mais uma vez, entre os piores estudantes do mundo nos últimos rankings de ensino da OCDE. O que o senhor descobriu ao analisar as provas desses estudantes?
Andreas: Elas não deixam dúvida quanto ao tipo de aluno que o Brasil forma hoje em escolas públicas e particulares. São estudantes que demonstram certa habilidade para decorar a matéria, mas se paralisam quando precisam estabelecer qualquer relação entre o que aprenderam na sala de aula e o mundo real. Esse é um diagnóstico grave. Em um momento em que se valoriza a capacidade de análise e síntese, os brasileiros são ensinados na escola a reproduzir conteúdos quilométricos sem muita utilidade prática. Enquanto o Brasil foca no irrelevante, os países que oferecem bom ensino já entenderam que uma sociedade moderna precisa contar com pessoas de mente mais flexível. Elas devem ser capazes de raciocinar sobre questões das quais jamais ouviram falar – no exato instante em que se apresentam.

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

O país está em guerra. Artigo/Corina BRETON



O país está em guerra

Porto Alegre já foi a cidade de melhor qualidade de vida deste triste país, em todos os níveis a serem considerados, como sejam educação, política, infra-estrutura, ecologia, etc. Hoje, de alegre restou somente o nome porque o que se vive é de uma tristeza confrangedora. Sem falar no abandono a que estão relegados os parques, na sujeira que toma conta das ruas, na agressividade com que se dirigem os automóveis, as motos, as carroças, etc, há uma ferida aberta de difícil tratamento.
Não se pode mais sair à rua; vive-se atrás de grades; os criminosos estão soltos; o cidadão está à mercê dos bandidos; latrocínios são eventos banais; vítimas de furtos agradecem a Deus terem suas vidas poupadas. Que realidade perversa! A criminalidade tem atingido a todos, chega muito perto. A população está em pânico.
Todos sabemos que - entre outras - as causas da violência remetem ao descontrole da natalidade, à injustiça social, ao desemprego crescente, etc., etc. Só que a ferida está aberta e o tratamento se faz urgente. Precisamos segurança a toda a pressa, o combate às causas é trabalho para técnicos, políticos e população, a longo prazo.
E agora, um fato:
Sábado, 19 de julho, fim da tarde. Adolescentes entram num ônibus, dirigindo-se ao estádio do Grêmio, a fim de assistirem a uma partida de futebol. Andam em bando, por que? Medo da violência. Jovens, entusiasmados, cantam o hino do clube de sua paixão, acompanhando-se de palmas e brincadeiras. No ônibus havia um PM, com a farda da SWAT. Exigiu que cessassem a algazarra. Note-se que há uma diferença no sentido de alarido juvenil, algazarra e baderna, o que não acontecia. Imediatamente, os meninos pararam de batucar na lateral do veículo, mas continuaram a cantar e a bater palmas. O que fez a “digna autoridade?” Avisou seus colegas e, na parada em frente ao 19º BPM, já estavam uns 15 soldados que retiraram os jovens de dentro do ônibus, de maneira brutal, passando a agredi-los e ameaçá-los com uso de armas. Um deles, imobilizado, com as mãos numa parede, cercado por 3 PMs, que lhe batiam com cassetete, espancando-o nas costas, ao virar-se, levou um soco no nariz, causando sangramento pela boca. Nesse momento, o troglodita e outro policial, assustados, levaram o garoto para ser lavado do sangue que corria. O agressor, então, jurou pela própria mãe que não agredira ninguém.
Muitos desses adolescentes foram vítimas de bandidos e agora, atacados por aqueles que lhes deveriam prestar segurança.
O que está acontecendo? De um lado, os criminosos civis e, de outro, o descontrole, o despreparo, a truculência de representantes de uma corporação, que tem em seus quadros, agentes tão criminosos quanto aqueles que nos ameaçam a cada dia.
Como ficarão esses meninos? Em quem poderão confiar? Será que os donos do poder, que se esforçam tanto para atingi-lo, aboletados em seus gabinetes atapetados, não se mobilizam? Esperam que a sociedade, indignada, amedrontada, descubra a força que tem?
É muito triste assistir à agonia da esperança.” (Simone de Beauvoir)

Corina BRETON
Presidente do Instituto CHEGA!de Violência - ICV

terça-feira, 29 de julho de 2008

Jornalista Cláudio Brito ZH dia 28/07/2008



Intolerância máxima, por Cláudio Brito*

Não é de hoje que se sabe da dificuldade que os administradores que pretendem construir presídios enfrentam com suas comunidades.Ninguém quer ser vizinho de uma cadeia.Todos clamam por segurança, exigem providências, pedem que o Estado prenda e arrebente, mas, na hora de ver uma penitenciária na sua rua, ninguém quer. Em ano de eleição, então, nem se fala. Vereadores e candidatos a prefeito são sensíveis às passeatas e campanhas que se opõem aos planos de construção de alguma casa para condenados e há políticos que fazem mais, estimulam a rejeição.Nem albergue para o cumprimento de penas em regime aberto está passando.Atitude equivocada, pois é certo que estar próximo de um presídio não traz perigos. Falam das fugas e dos motins, mas quem foge quer distância daquele lugar. O que alimenta a rejeição dessas pessoas é outro sentimento, de intolerância. E não é só com a cadeia que isso ocorre. Rejeitam hospício, sanatório e similares. Por que os leprosários sempre foram construí-dos longe das concentrações urbanas?O Presídio Central de Porto Alegre é o pior do Brasil e as coisas não são muito melhores nas outras cadeias de nosso Estado. A Secretaria de Segurança organizou projetos e habilitou-se aos recursos federais destinados à construção de presídios. Está aqui esse dinheiro. São R$ 80 milhões disponíveis, que poderemos perder.Viamão sinaliza que presídio é bom para Alvorada, Portão não aceita falar no assunto, dezenas de outras cidades tocam a mesma música. As que estão querendo o dinheiro e as obras não chegam a três em um universo de quase 500 municípios. O ex-secretário José Francisco Mallmann, na véspera de seu pedido de demissão, advertia: "Enquanto a população protesta e faz passeata com faixas dizendo não à instalação de presídios nas cidades, os números são claros, confirmando que 80% dos crimes registrados no Rio Grande do Sul são cometidos por foragidos da Justiça. Enquanto isso, nós trabalhamos com 15 estabelecimentos penais interditados". Há outros dados que impressionam. São mais de 6 mil mandados de prisão esperando cumprimento e um déficit de mais de 9 mil vagas. O Ministério Público e o Judiciário fazem o que podem, como na decisão da juíza Rosana Garbin, da 7ª Vara da Fazenda Pública, que acolheu pedido da Promotoria das Execuções Penais e determinou que o Estado crie emergencialmente 505 novas vagas para os regimes aberto e semi-aberto. O Estado vai cumprir a ordem judicial, é claro, ou pagará multas diárias.Talvez fosse necessário um ato de império dos governos federal e estadual para resolver o impasse, com atos de coragem de seus titulares, pois as pressões a que se submetem por implicações políticas nem sempre são legítimas e não é verdade que sempre estejam certas só por nascerem na sociedade. Precisamos de presídios e em algum lugar eles deverão ser construídos. Alguém precisará vencer as resistências e derrubar o preconceito e a intolerância, ainda que esta hoje se encontre em seu estágio máximo

domingo, 27 de julho de 2008

Jornalista Eduardo Connil - Correio do Povo/27/07/08




VIOLÊNCIA
Corina Breton assumiu, com muitos méritos, a presidência do Instituto Chega! de Violência e no dia 19 já pilotou palestra sobre o assunto na Creche Amparo da Imaculada Conceição para pais, professoras e administradoras. Dentro do mesmo tema, vale registrar que, aqui, como no centro do país, adolescentes inocentes sofrem violência da PM. Grupo de jovens que se dirigia ao estádio do Grêmio, no mesmo dia 19, cantavam e batiam no ônibus e, solicitados por PM que estava a bordo, trocaram as batidas por palmas, mas, quando estavam na frente do 19º BPM, uns dez ou 12 brigadianos os arrancaram de dentro do coletivo, espancando-os com cassetete. Um dos garotos, que recebeu soco no nariz e sangrava, fez exame de corpo de delito. 'Chega!'