quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Projeto-Piloto Prevenção de assaltos de rua



ZH Petrópolis 12 de fevereiro de 2009 N° 15877

Alerta Mãos ao alto, violência

Moradores de Petrópolis elaboram projeto para coibir assaltos no bairro cansados de se sentirem encurralados diante da violência que assola a Capital, moradores de Petrópolis se uniram para colocar em prática propostas que possam melhorar a segurança na região. A iniciativa deu origem ao projeto-piloto Prevenção de Assaltos de Rua, que deverá ganhar as vias do bairro entre março e abril.

Desenvolvido pelo Instituto Chega de Violência (ICV), o plano de ação encontra-se em fase de planejamento, e conta com o apoio da Brigada Militar (BM), do Ministério Público, de associações comunitárias e de voluntários. Na primeira fase, além de promover reuniões semanais, o ICV analisa os resultados de um questionário respondido por moradores (veja quadro). As perguntas objetivavam descobrir o que as pessoas fazem diante de um assalto. Quem respondeu também pôde dar sugestões de prevenção e relatar experiências.

– As respostas mostraram que as pessoas sabem se prevenir, mas não sabem como controlar a violência. Também percebemos que a maioria acredita na polícia – disse Eny Toschi, moradora do bairro e conselheira de políticas estratégicas do ICV.

O projeto busca, especialmente, promover a aproximação entre a comunidade e a polícia. A BM tem participado das reuniões, nas quais fala sobre como funciona seu trabalho, quais são suas necessidades e o que pode ser feito para otimizar resultados das ações.

– É muito importante encontrarmos pessoas que querem organizar a sociedade para trabalhar conosco – avaliou o coronel João Batista Gil, chefe do Estado-Maior da BM.

Uma das ações a ser implementada é a criação de grupos de trabalho. Cada grupo se responsabilizaria por assuntos que interferem na segurança, como iluminação, arborização e identificação de moradores. Outras propostas estão sendo analisadas, entre elas, regularizar a situação dos guardas de rua, interligar serviços de segurança em prédios e estabelecer um número mínimo de rondas da polícia.

No início, o projeto será testado em algumas vias de Petrópolis. Se der certo, a experiência poderá ser ampliada e compartilhada com outros bairros da Capital. Será feito um mapeamento que, além de localizar pontos como escolas, creches, praças, clubes e hospitais, indicará, por exemplo, áreas onde os assaltos mais ocorrem.

Morador da Eça de Queiroz, o advogado Raphael Estrougo de Jong, 25 anos, foi assaltado três vezes no bairro – duas delas em frente ao prédio onde mora. Cansado da rotina de violência, decidiu participar do projeto.

– Vai dar trabalho, mas, no final, nos trará mais segurança.

Para participar do projeto Prevenção de Assaltos de Rua, escreva para o Instituto Chega de Violência: contato@chegadeviolencia.com.br

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