terça-feira, 29 de julho de 2008

Jornalista Cláudio Brito ZH dia 28/07/2008



Intolerância máxima, por Cláudio Brito*

Não é de hoje que se sabe da dificuldade que os administradores que pretendem construir presídios enfrentam com suas comunidades.Ninguém quer ser vizinho de uma cadeia.Todos clamam por segurança, exigem providências, pedem que o Estado prenda e arrebente, mas, na hora de ver uma penitenciária na sua rua, ninguém quer. Em ano de eleição, então, nem se fala. Vereadores e candidatos a prefeito são sensíveis às passeatas e campanhas que se opõem aos planos de construção de alguma casa para condenados e há políticos que fazem mais, estimulam a rejeição.Nem albergue para o cumprimento de penas em regime aberto está passando.Atitude equivocada, pois é certo que estar próximo de um presídio não traz perigos. Falam das fugas e dos motins, mas quem foge quer distância daquele lugar. O que alimenta a rejeição dessas pessoas é outro sentimento, de intolerância. E não é só com a cadeia que isso ocorre. Rejeitam hospício, sanatório e similares. Por que os leprosários sempre foram construí-dos longe das concentrações urbanas?O Presídio Central de Porto Alegre é o pior do Brasil e as coisas não são muito melhores nas outras cadeias de nosso Estado. A Secretaria de Segurança organizou projetos e habilitou-se aos recursos federais destinados à construção de presídios. Está aqui esse dinheiro. São R$ 80 milhões disponíveis, que poderemos perder.Viamão sinaliza que presídio é bom para Alvorada, Portão não aceita falar no assunto, dezenas de outras cidades tocam a mesma música. As que estão querendo o dinheiro e as obras não chegam a três em um universo de quase 500 municípios. O ex-secretário José Francisco Mallmann, na véspera de seu pedido de demissão, advertia: "Enquanto a população protesta e faz passeata com faixas dizendo não à instalação de presídios nas cidades, os números são claros, confirmando que 80% dos crimes registrados no Rio Grande do Sul são cometidos por foragidos da Justiça. Enquanto isso, nós trabalhamos com 15 estabelecimentos penais interditados". Há outros dados que impressionam. São mais de 6 mil mandados de prisão esperando cumprimento e um déficit de mais de 9 mil vagas. O Ministério Público e o Judiciário fazem o que podem, como na decisão da juíza Rosana Garbin, da 7ª Vara da Fazenda Pública, que acolheu pedido da Promotoria das Execuções Penais e determinou que o Estado crie emergencialmente 505 novas vagas para os regimes aberto e semi-aberto. O Estado vai cumprir a ordem judicial, é claro, ou pagará multas diárias.Talvez fosse necessário um ato de império dos governos federal e estadual para resolver o impasse, com atos de coragem de seus titulares, pois as pressões a que se submetem por implicações políticas nem sempre são legítimas e não é verdade que sempre estejam certas só por nascerem na sociedade. Precisamos de presídios e em algum lugar eles deverão ser construídos. Alguém precisará vencer as resistências e derrubar o preconceito e a intolerância, ainda que esta hoje se encontre em seu estágio máximo

domingo, 27 de julho de 2008

Jornalista Eduardo Connil - Correio do Povo/27/07/08




VIOLÊNCIA
Corina Breton assumiu, com muitos méritos, a presidência do Instituto Chega! de Violência e no dia 19 já pilotou palestra sobre o assunto na Creche Amparo da Imaculada Conceição para pais, professoras e administradoras. Dentro do mesmo tema, vale registrar que, aqui, como no centro do país, adolescentes inocentes sofrem violência da PM. Grupo de jovens que se dirigia ao estádio do Grêmio, no mesmo dia 19, cantavam e batiam no ônibus e, solicitados por PM que estava a bordo, trocaram as batidas por palmas, mas, quando estavam na frente do 19º BPM, uns dez ou 12 brigadianos os arrancaram de dentro do coletivo, espancando-os com cassetete. Um dos garotos, que recebeu soco no nariz e sangrava, fez exame de corpo de delito. 'Chega!'

quarta-feira, 23 de julho de 2008

Dr.Sérgio de Paula Ramos



Financiamento para donos de bares- por: Sérgio de Paula Ramos*
Dados preliminares dos últimos dias nos dão ciência de que, com a implementação da nova lei normatizadora que tenta erradicar bebidas alcoólicas dos volantes dos veículos, houve uma redução de 40% nos atendimentos dos serviços de emergência e 50% no número de mortes no trânsito, nos Estados que realmente estão fiscalizando a implementação desta lei. Em termos de saúde pública, um resultado absolutamente espetacular cujo impacto não encontra similar nos últimos 20 anos. Nada do que foi feito, nada mesmo, em saúde pública produziu um efeito tão grande e tão imediato. Aliás, como postulava a Abead já há 15 anos.Mais do que isso, o Sindicato dos Bares, Restaurantes e Estabelecimentos Similares informa que o consumo de bebidas alcoólicas caiu 30%. Conseqüentemente cairá 30% toda a violência do país. Cairão os homicídios, suicídios e agressões domésticas contra mulheres, crianças e adolescentes. Igualmente cairão os abusos sexuais contra jovens.Apenas em acidentes de trânsito evitados, neste ano, o Estado brasileiro poupará cerca de R$ 12 bilhões. Muito dinheiro.Sem surpresa nenhuma, leio nos jornais que o supra-aludido sindicato está informando que seus filiados estão no prejuízo e prevê, como sempre nestas ocasiões, quebradeira geral e desemprego. Fizeram o mesmo quando da proibição da propaganda de tabaco, lembram?No entanto, se é justo reconhecer que, sim, estão no prejuízo, não é menos justo admitir que nós, cidadãos brasileiros, nós, contribuintes, estamos no lucro. Um lucro em vidas e um lucro em dinheiro mesmo. É tão expressivo o que o Estado poupará que a Abead vem a público sugerir que o Banco do Brasil abra uma linha de financiamento para ajudar comerciantes do ramo de bebidas que queiram mudar de setor de atuação.A idéia não é nova. A Organização Mundial de Saúde (OMS) propôs o mesmo para agricultores que quisessem deixar de plantar tabaco e optassem por mudança de lavoura e, de fato, é mister que nos perguntemos se necessitamos, no Brasil, de tantos bares. Também, mais cedo ou mais tarde, teremos que nos perguntar se precisamos de bares 24 horas.Ou seja, saudamos a redução de consumo de bebidas alcoólicas, saudamos os ganhos da nação e oferecemos uma sugestão para os comerciantes em dificuldade. Afinal, com mais quitandas e menos bares, daremos um país melhor para nossos filhos.*Psiquiatra e psicanalista, conselheiro da Associação Brasileira de Estudos sobre Álcool e outras Drogas (Abead)

Sociedade civil passiva


"O que mais preocupa não é nem o grito dos violentos, dos corruptos, dos desonestos, dos sem-caráter, dos sem-ética. O que mais preocupa é o silêncio dos bons." Luther King

terça-feira, 22 de julho de 2008

Esperança


"Se a gente quiser modificar alguma coisa, é pelas crianças que devemos começar."
Ayrton Senna

segunda-feira, 21 de julho de 2008

O país está em guerra


Na condição de presidente do ICV, é com tristeza e indignação que noticio o seguinte:Sábado, 19/07, fim de tarde. Um grupo de adolescentes - entre eles meu neto (17 anos), embarca num ônibus, dirigindo-se ao estádio do Grêmio a fim de assistir a uma partida de futebol. Jovens, entusiasmados, passam a cantar o hino do clube de sua paixão, batucando nas paredes laterais do veículo. No ônibus, havia um PM, que determinou parassem a algazarra. Os garotos deixaram de bater e continuaram a cantar, acompanhando-se de palmas. Na parada em frente ao 19º BPM, eram esperados por 10 ou 12 brigadianos que os arrancaram do coletivo, espancando-os com cassetete, nas costas, na cabeça. Meu neto foi colocado com as mãos na parede e, ao virar-se, recebeu um soco no nariz, o que lhe causou sangramento. Vendo isso, o troglodita,amedrontado,ofereceu ajuda, jurando não ter sido o agressor. O menino, que já foi assaltado duas vezes pelos bandidos civis, agora é espancado por um criminoso militar. Essa é a coduta de uma PM despreparada, truculenta, mal paga, enraivecida; essa é a corporação que tem como dever legal proteger a sociedade. Adolescentes, estudantes,desarmados, são tratados como delinqüentes e os bandidos, fortemente armados,a cometerem seus crimes à luz do dia. Inversão total. CHEGA!!!!!!!!!!! Não dá mais para suportar.

sexta-feira, 18 de julho de 2008

Presidência


Corina Breton assumiu a presidência do ICV, no dia 1º de julho/2008, devido à renúncia da então dirigente do movimento - Helena Ibañez - que, na condição de presidente da Comissão Especial de Políticas Criminais, da OAB/RS, dedica-se a projetos de interiorização das políticas em todas as seccionais do RS.

Evento - Corina Breton e Liane Xavier, presidente e vice do ICV, farão palestra na Creche Amparo Maria Imaculada, dia 19/07, às 11h. Após, servirão almoço aos familiares das crianças e funcionários da entidade.

terça-feira, 15 de julho de 2008

Esperança




"É horrível assistir à agonia de uma esperança."
Simone de BEAUVOIR
1908 - 1986

segunda-feira, 14 de julho de 2008

Jornalista Cláudio Brito ZH dia 14/07/2008



Donos da lei, por Cláudio Brito*

Ninguém é dono da lei. Muitos pensam que são. Como se diz por aí, há os que "se acham". Agem como intocáveis senhores do poder, de todos os poderes. E levam de roldão tudo o que contrarie seus interesses. Demonstram profunda indignação quando são fustigados e vêem um estorvo nas ações de fiscalização e repressão das instituições públicas. Obstáculos que derrubam por bem ou por mal, na legalidade ou "numa boa", o que se traduz por cooptação, falta de escrúpulos, corrupção. Ou driblam a lei, ou há quem a interprete de forma que lhes seja favorável, quando não conseguem fazer a lei que lhes satisfaça e proteja.Esses senhores que podem tudo o que querem são, algumas vezes, apanhados e reagem com veemência ao que consideram uma violência.Expô-los na mídia?Nem pensar, isso é crime. Se fossem pequenos marginais, vá lá, tudo vale. Algemas? Que absurdo, uma desmoralização inominável.Se o preso é pobre, preto e anônimo, ganha logo uma alcunha e, algemado às costas, é contido com energia, derrubado e posto de bruços, para não oferecer perigo. Ninguém demonstra qualquer contrariedade e ainda se aplaude a resposta do Estado em favor da segurança dos cidadãos. Se isso der capa de jornal, muito bem, era mesmo o que deveria acontecer.Não se ouse fazer o mesmo com alguma cabeça coroada. Logo surgirão debates acadêmicos sobre excessos e vazamentos à imprensa, que estaria a serviço de uma espetacularização promovida por policiais. Não se lembram que o jornalismo investigativo tem seus próprios caminhos e por eles chega à informação que os poderosos imaginam privilegiada. Sem respeitar a proporcionalidade entre seus crimes e a alegada ação excessiva do Estado, dão mais importância aos deslizes de algum policial que possa ter adiantado aos repórteres os detalhes de uma operação, como se isso fosse um crime hediondo.A tudo que lhes seja incômodo consideram ofensa à honra - como se a tivessem - e repelem a contenção que, em nome da sociedade, o Ministério Público, as polícias e a Justiça tentam realizar.Talvez se demore ainda um bom tempo até que esses homens sem princípios se convençam de que serão donos de nada. Vai chegar a hora de valer o direito e, mais que ele, a justiça. E a cidadania será consagrada. E o povo não vai se curvar aos desmandos e nem mais suportará as falcatruas que, acima do patrimônio material, aniquilam nossos dotes morais. É que teremos aprendido que todo o poder emana do povo e em seu nome deve ser exercido. A lei é de todos nós, por nós e para todos nós.*Jornalista

domingo, 13 de julho de 2008

Ação



Chega sempre a hora em que não basta apenas protestar: após a filosofia, a ação é indispensável
Fonte: "Os Miseráveis" Vítor Hugo

sexta-feira, 11 de julho de 2008

Coluna do Jornalista David Coimbra ZH/11/07/2008


O problema do Brasil é o amor.
Já fiz várias visitas à Fase, a ex-Febem, para fazer palestras. Aqueles meninos todos lá internados, não sei o percentual exato, mas vou arriscar: 90% deles não têm bom relacionamento com o pai, ou simplesmente não têm relacionamento algum com ele, ou sequer o conhece. Vou arriscar de novo: se eles tivessem pai e mãe atentos, não necessariamente juntos, mas atentos e cuidadosos, se os tivessem, não estariam na Fase.
Eles estão na Fase porque, lentamente, ou talvez nem tanto, a família se deteriorou no Brasil. Uma família deteriorada significa filhos que não recebem amor, e ninguém pode dar o que não recebeu. O que não tem.
Os filhos desamados do Brasil não têm amor para dar aos outros, nem à cidade em que vivem, nem ao Estado a que eventualmente sirvam. O afeto, os sentimentos, a ética, o amor, enfim, nada que seja subjetivo e imaterial é um real valor para os filhos desamados do Brasil. No Brasil, para grande parte dos brasileiros, o maior valor, e não raro o único valor, é o dinheiro. E quem tem o dinheiro entre seus principais valores não tem valor algum.
É por isso, pela falta de valores, pela falta de amor, que acontece o que aconteceu dias atrás no Rio. Os policiais que atiraram no carro estacionado ao meio-fio, matando um menino de três anos, não tinham nenhum apreço pela vida dos supostos bandidos que caçavam e que deveriam estar dentro do carro. É por isso, também, que há no país escândalos de corrupção de um bilhão de dólares, como esse de Dantas et caterva - quem toma o dinheiro público, toma o dinheiro "dos outros", e quem se importa com os outros? Porque não existe diferença entre o assassinato cometido na periferia e o bilhão roubado de Brasília - ambos são produtos da ausência de valores. Produto do amor ao dinheiro. Que é o mesmo que desamor

quarta-feira, 9 de julho de 2008

Instituto São Paulo Contra a Violência




O Instituto São Paulo Contra a Violência foi fundado em 25 de novembro de 1997, como resultado do seminário "São Paulo Sem Medo", realizado pelo Núcleo de Estudos da Violência da Universidade de São Paulo, Fundação Roberto Marinho e Rede Globo de Televisão. O seminário reuniu especialistas e representantes de organizações governamentais e não governamentais que apontaram a necessidade de políticas, programas e ações mais eficazes para reduzir a violência e aumentar a segurança dos cidadãos em São Paulo. Foi enfatizada a importância da criação de uma organização da sociedade civil para colaborar com os governantes na formulação, implementação, monitoramento e avaliação de políticas e programas de combate e prevenção da violência.
A partir do estímulo oferecido pelo seminário, lideranças do setor privado, sociedade civil, instituições financeiras, e meios de comunicação criaram o Instituto São Paulo Contra a Violência para desenvolvimento de projetos de redução da violência no Estado de São Paulo.
O Instituto São Paulo Contra a Violência, organização não-governamental, sem fins lucrativos, promove parcerias com organizações não-governamentias e governamentais para identificaçao e resolução dos problemas afetando afetando a segurança dos cidadãos, melhoria da qualidade de vida da população e desenvolvimento comunitário no Estado de São Paulo.
O Instituto São Paulo Contra a Violência enfatiza a importância de ações integradas em quatro áreas estratégicas
melhoria dos serviços de segurança pública.
melhoria dos serviços de justiça criminal.
melhoria do sistema correcionário (Penitenciário e Fundação Casa).
desenvolvimento de políticas sociais e urbanas de prevenção.

terça-feira, 8 de julho de 2008

OAB/RS Simpósio


Dias 9, 10 e 11 de julho, mais de 30 especialistas estarão reunidos na OAB/RS a fim de debaterem medidas contra o avanço da violência e da criminalidade. Liderado pela Dra. Helena Ibañez, presidente da Comissão Especial de Políticas Criminais e Segurança Pública, o evento será realizado, simultaneamente, nas 27 capitais brasileiras.

segunda-feira, 7 de julho de 2008

Zero Hora, 5 de julho de 2008 pág.21


Lei da vida, por Diza Gonzaga*

Todos os dias abrimos os jornais e vemos a repercussão da implantação da lei apelidada de "tolerância zero". Acredito que nem a entrada em vigor do Código de Trânsito Brasileiro (CTB) em 1998 causou tamanho impacto. Na época, a Fundação Thiago de Moraes Gonzaga dava os seus primeiros passos, nascemos em 1996 - dois anos antes, e acompanhamos de perto a "grande revolução" que foi a obrigatoriedade do uso do cinto de segurança, por exemplo. Em 1998 uma lei como essa era quase impossível de ser criada, a sociedade não estava preparada para recebê-la.Quando começamos o Vida Urgente, tínhamos a esperança de conquistar, de forma pacífica e democrática, avanços na questão da preservação da vida no trânsito e pensei muitas vezes se poderia ver as coisas mudarem ainda em vida. Nunca pensei em tempo, pois temos consciência de que mudanças culturais se constroem a médio e longo prazos.Gostaria de confessar que hoje me sinto um pouco mais confortável, pois se essa lei foi possível e tem a aprovação da sociedade, é por que construímos isso. Eu, você, os voluntários do Vida Urgente de todo o país, os médicos, os policiais, a sociedade em geral, nós, que viemos de forma muito fraterna chamando a atenção da população para a verdadeira "guerra do trânsito" que é travada todos os dias nas avenidas e estradas brasileiras.Se os deputados federais e o governo se sentiram encorajados a implantar uma lei de tamanho impacto, é porque sentiram que nos corações de mães e pais de família havia esse clamor, pois eles não arriscariam suas "popularidades" e enfrentariam os múltiplos interesses se achassem que seriam duramente criticados.As reações são as mais variadas, parece que de uma hora para outra, todo mundo só bebe um cálice de vinho ou come um bombom de licor, aquele consumo abusivo de álcool que vemos todas as noites, quando fazemos a Madrugada Viva ou participamos de festas e eventos, não passou de pura ilusão de ótica, fruto de nossa imaginação.Para aqueles que ainda duvidam da importância desta lei, destaco o que li na Zero Hora de 3/7/2008, quando uma equipe de reportagem acompanhou a trajetória de um jovem de 22 anos autuado por dirigir uma moto, com limite de alcoolemia acima de 0,6 (esse era o limite permitido anteriormente, ele estaria em desacordo de qualquer forma). Talvez se não tivesse sido abordado, ele estaria nas manchetes daquele dia, porém por outro motivo, pois os técnicos sempre afirmam que quando há combinação de mais de três fatores, o risco de acidente é iminente. Então vejamos: grupo de amigos, à noite, conduzindo motos, um dos veículos com maior risco de acidentes, após consumirem bebidas alcoólicas. O pavio da bomba estava aceso, porém foi apagado a tempo e o final da história: o pai, abraçado ao filho indo para casa, após pagar uma fiança de R$ 400. Um final feliz, eles poderão refletir juntos sobre tudo isso! Quantos pais, assim como eu, pagariam bem mais do que isto, para irem buscar seus filhos vivos, após uma noite de festa? Ah, se existisse uma "Lei da Vida" como essa em 1995, talvez o meu Thiago, que embarcou em uma carona furada, estivesse aqui para ver essa "revolução".Minha mensagem aos policias rodoviários, agentes de trânsito, Brigada Militar, aos pais e sociedade em geral, vamos valorizar essa conquista pela vida. O Congresso Nacional fez a sua parte, agora é a nossa vez de lutarmos pelo direito de abraçar nossos filhos.*Presidente da Fundação Thiago de Moraes Gonzaga

quarta-feira, 2 de julho de 2008

Depois de Maiakowski



O que os outros disseram, foi depois de ler Maiakovski.
Incrível é que, após mais de cem anos, ainda nos encontremos tão desamparados, inertes, e submetidos aos caprichos da ruína moral dos poderes governantes, que vampirizam o erário, aniquilam as instituições, e deixam aos cidadãos os ossos roídos e o direito ao silêncio : porque a palavra, há muito se tornou inútil…
- até quando?...